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Jagunço ou capanga era, no nordeste brasileiro, o indivíduo que se prestava ao trabalho paramilitar de proteção e segurança às lideranças políticas. O termo deriva do quimbundo, junguzu, ou do iorubá, jagun-jagun, ambos originados das palavras para "soldado".
Segundo o Professor Gabriel Perissé, da Universidade de São Paulo (USP) em suas "Considerações Etimológicas" no livro Palavras e Origens, discorrendo sobre a considerável lista de palavras que não provêm do mundo greco-latino, após citar várias da herança tupi-guarani, que se incorporaram à nossa língua, e sobre a presença afronegra no português falado no Brasil, nos diz:
Claudionor Queiroz, em relato memorial, assim define o tipo humano do jagunço:
Para este autor, o jagunço se fazia a partir de um crime cometido e, em seguida, a busca de proteção contra a justiça junto a um chefe político, para quem passava a prestar serviços ordinários de peão (como lida de gado, plantação de roças, etc.) e, eventualmente, serviços de segurança, pistolagens, etc., típicos do jagunço propriamente.
“Conta a lenda, que existiam 3 irmãos: Já, Jagum e Ajagunã. Eram 3 Guerreiros que pertenciam aos exércitos de Oxalá, lutavam e venciam todas as guerras e batalhas em nome de Oxalá e eram os Guardiões deste Orixá. Eram chamados de os Guerreiros Brancos, por se vestirem somente com trajes brancos em homenagem a Oxalá... os 3 irmãos Guerreiros continuam nas batalhas, sempre guerreando pela Paz. Dando essa característica guerreira aos seus filhos.” Pelo exposto, percebe-se que a palavra jagunço é uma corruptela do nome Jagun (jagunço); e, que os seguidores de lampião possuíam as características guerreiras deste Orixá; por isso denominados jagunços.
O termo "jagunço" sofreu algumas adequações: Jagunço como assassino. Capanga. Esse indivíduo arredio, pela sua simplicidade e falta de compromissos com a sociedade tornou-se presa fácil dos coronéis e governantes regionais para execução de crimes (ameaças, vinganças, desapropriações) por pequenas quantidades de dinheiro. Os cangaceiros de Lampião também foram chamados pela imprensa de Jagunços, mas não estavam ao serviço de coronéis. Agiam de forma livre, adequando-se mais à expressão "bandoleiros". No caso da Guerra de Canudos e da Guerra do Contestado, a imprensa e os fazendeiros, atribuíram o termo "jagunço" ao caboclo que se internou num reduto revoltoso, caboclo reduzido, que mora em reduto.